Já imaginou acordar com o som das ondas em Bali, caminhar pelas ruas históricas de Lisboa ou provar um autêntico ramen em Tóquio — tudo isso sem precisar vender um rim ou mergulhar em dívidas? Pois saiba que viajar o mundo não é privilégio apenas de quem tem conta bancária recheada. Com planejamento, criatividade e algumas estratégias inteligentes, é possível explorar o planeta gastando muito menos do que você imagina.
Neste artigo, vamos desvendar 10 maneiras práticas, acessíveis e eficazes de viajar sem estourar o orçamento. Não se trata de cortar experiências ou se privar de tudo, mas sim de fazer escolhas mais conscientes, aproveitar oportunidades e entender que o luxo nem sempre está no preço — e sim na vivência. Seja você um mochileiro de primeira viagem ou alguém que já coleciona carimbos no passaporte, essas dicas vão te ajudar a esticar cada real (ou dólar, euro, iene…) muito mais longe.
Pronto para descobrir como transformar seu sonho de viajar em realidade — sem pesar no bolso? Vamos lá!
1. Viaje na Época Certa: Fuja das Temporadas Altas
Uma das decisões mais impactantes no seu orçamento de viagem é quando você decide viajar. A diferença de preço entre a alta e a baixa temporada pode ser de até 50% ou mais — tanto em passagens aéreas quanto em hospedagem, atrações e até alimentação.
Durante as férias escolares, feriados prolongados e eventos internacionais (como o Carnaval no Brasil ou o verão europeu), os preços disparam. Já em períodos de baixa demanda — como início de outono ou fim de primavera —, você encontra menos turistas, mais tranquilidade e tarifas bem mais amigáveis.
Por exemplo: uma diária em um hotel em Paris pode custar R$ 800 em julho, mas cair para R$ 350 em novembro. O mesmo vale para passagens: voos para a Europa em janeiro costumam ser até 40% mais baratos do que em junho.
Dica prática: Use ferramentas como o Google Flights ou o Skyscanner com a opção “mês inteiro” para comparar preços e identificar os dias mais econômicos. E lembre-se: viajar na entressafra não significa abrir mão da experiência — muitas vezes, significa vivê-la de forma mais autêntica.
2. Escolha Destinos com Custo de Vida Acessível

Nem todos os países exigem um orçamento milionário. Enquanto destinos como Suíça, Japão ou Noruega são lindos, eles também são caros. Por outro lado, há países incríveis onde seu dinheiro rende muito mais.
Na América Latina, por exemplo, países como Colômbia, Peru, México e Bolívia oferecem paisagens deslumbrantes, culturas ricas e custos diários que podem girar em torno de R$ 100–150 por dia (incluindo hospedagem, alimentação e transporte local). Na Ásia, Tailândia, Vietnã, Indonésia e Camboja são verdadeiras joias para viajantes econômicos — com refeições por menos de R$ 20 e hostels confortáveis por R$ 40 a diária.
Além disso, o câmbio favorável pode ser seu aliado. Em 2025, com o real ainda competitivo frente a moedas como o peso argentino ou o dólar boliviano, viajar para o exterior pode sair mais barato do que uma temporada em resorts brasileiros.
Dica prática: Antes de escolher seu destino, pesquise o “custo médio diário para turistas” e compare com seu orçamento. Sites como Numbeo e Nomad List oferecem dados atualizados e confiáveis.
3. Use Programas de Milhas e Pontos de Cartão de Crédito
Você sabia que muitas pessoas já viajaram para o outro lado do mundo sem pagar um centavo pela passagem aérea? Isso é possível graças aos programas de milhas e pontos de cartões de crédito.
Ao acumular pontos com compras do dia a dia — supermercado, contas, combustível — e convertê-los em milhas, é possível resgatar passagens nacionais e internacionais. Algumas operadoras, como LATAM Pass, Smiles (Gol) e TudoAzul (Azul), permitem até voos em classe executiva com um número surpreendentemente baixo de pontos.
Além disso, muitos cartões de crédito oferecem bônus de boas-vindas que, sozinhos, já cobrem uma passagem internacional. Um exemplo: cartões premium podem dar 50.000 pontos de bônus na primeira fatura — o suficiente para ir e voltar de Buenos Aires ou Santiago do Chile.
Dica prática: Escolha um cartão alinhado ao seu perfil de gastos e use os pontos de forma estratégica. Evite pagar anuidade alta se não for compensar — mas, se viajar é seu objetivo, o investimento pode valer muito a pena.
4. Hospede-se de Forma Criativa (e Econômica)
Esqueça a ideia de que hospedagem barata significa sujeira ou insegurança. Hoje, há inúmeras opções inteligentes que combinam conforto, localização e preço justo.
Hostels modernos, por exemplo, oferecem quartos privativos com banheiro, Wi-Fi e café da manhã — por uma fração do preço de hotéis. Plataformas como Airbnb permitem alugar apartamentos inteiros ou quartos em casas locais, muitas vezes com cozinha, o que reduz gastos com alimentação.
Mas há opções ainda mais criativas:
- Workaway e Worldpackers: troque algumas horas de trabalho por acomodação gratuita (e, às vezes, alimentação).
- Couchsurfing: fique na casa de moradores locais — uma experiência cultural única e zero custo.
- Casas de amigos ou familiares: não subestime o poder de uma rede de contatos!
Dica prática: Ao reservar, leia avaliações recentes, verifique a localização no mapa e confira se há cozinha ou café da manhã incluso. Às vezes, pagar um pouco mais por um lugar bem localizado economiza tempo e dinheiro com transporte.
5. Cozinhe (Pelo Menos Parte do Tempo)

Comer fora todos os dias é uma das maiores armadilhas orçamentárias dos viajantes. Um almoço simples em cidades turísticas pode facilmente custar R$ 80–120 por pessoa. Agora imagine isso multiplicado por dias ou semanas.
A solução? Cozinhe pelo menos algumas refeições. Se sua hospedagem tiver cozinha (muitos Airbnbs e hostels têm), aproveite para preparar cafés da manhã, lanches e até jantares. Visite mercados locais — além de mais baratos, são ótimos para conhecer a cultura e provar ingredientes típicos.
Mesmo sem cozinha, dá para economizar: compre frutas, pães, queijos e frios para montar lanches. Em países europeus, supermercados como Lidl, Aldi ou Carrefour oferecem refeições prontas de alta qualidade por menos da metade do preço de um restaurante.
Dica prática: Reserve restaurantes especiais para ocasiões marcantes — não para todas as refeições. Assim, você vive a gastronomia local sem comprometer o orçamento.
6. Use Transporte Público e Caminhe Sempre que Puder
Táxis, Uber e transfers privados são práticos, mas devoram seu orçamento rapidamente. Em vez disso, opte por transporte público local: metrôs, ônibus, trens regionais e até bicicletas compartilhadas.
Em cidades como Berlim, Tóquio ou Cidade do México, o sistema de transporte é eficiente, limpo e extremamente barato — especialmente com passes diários ou semanais. Em muitos países da Ásia, trens noturnos ou ônibus leitos permitem viajar entre cidades enquanto você dorme, economizando com hospedagem.
E não subestime o poder de caminhar. Muitas cidades europeias e latino-americanas são compactas e perfeitas para explorar a pé. Além de gratuito, caminhar te conecta com o ritmo local, revela cantinhos escondidos e queima calorias dos croissants e pastéis que você não resistiu.
Dica prática: Baixe apps como Citymapper ou Moovit antes da viagem — eles mostram rotas em tempo real, preços e horários do transporte local.
7. Planeje com Antecedência (Mas Aproveite Ofertas de Última Hora)
Há um equilíbrio delicado entre planejar com antecedência e ser flexível. Passagens aéreas e hospedagem costumam ser mais baratas quando compradas com 2 a 6 meses de antecedência, especialmente para destinos populares.
Por outro lado, se você tem flexibilidade de datas, ofertas de última hora podem ser uma mina de ouro. Companhias aéreas e hotéis frequentemente lançam promoções relâmpago para preencher voos ou quartos vazios.
O segredo está em combinar planejamento com oportunismo. Tenha um destino em mente, monitore preços com alertas (via Google Flights, Hopper ou Kayak) e esteja pronto para agir quando surgir uma boa oferta.
Dica prática: Crie uma “lista de desejos” de viagens e acompanhe os preços semanalmente. Às vezes, esperar uma semana pode significar economizar centenas de reais.
8. Evite Taxas e Custos Ocultos
Pequenas taxas podem se acumular e virar um monstro no final da viagem. Taxas de bagagem, conversão cambial, roaming internacional e até entrada em atrações podem inflar seu orçamento sem você perceber.
Para evitá-las:
- Viaje com bagagem de mão sempre que possível (muitas low cost cobram caro por mala despachada).
- Use cartões de crédito sem IOF de 6,38% para compras no exterior (alguns cartões cobram apenas 1,1% ou zero).
- Compre chip local ou eSIM para internet (muito mais barato que roaming).
- Pesquise se há dias gratuitos em museus ou atrações — muitos oferecem entrada livre uma vez por semana.
Dica prática: Anote todos os gastos diários em um app como Trail Wallet ou até no bloco de notas do celular. Isso ajuda a identificar onde está “vazando” dinheiro.
9. Viaje Devagar: Menos Destinos, Mais Profundidade
Em vez de tentar “fazer” 5 países em 10 dias, escolha um ou dois e explore com calma. Viajar devagar não só reduz custos com transporte entre cidades, como também te permite viver como um local — e isso é mais barato e mais gratificante.
Ao passar mais tempo em um lugar, você consegue:
- Negociar descontos em hospedagem por estadias longas.
- Conhecer mercados, padarias e bares frequentados por moradores (mais baratos que os turísticos).
- Entender a cultura de forma mais profunda.
Além disso, menos deslocamentos = menos estresse, menos bagagem e mais tempo para realmente aproveitar.
Dica prática: Monte um roteiro com “bases” — fique 4–7 dias em cada cidade e use transporte local para bate-voltas.
10. Mude Sua Mentalidade: Viajar Não é Só Gastar
Por fim, a mudança mais poderosa não está no bolso, mas na mentalidade. Viajar não precisa ser sinônimo de luxo, resorts all-inclusive ou jantares caros. O verdadeiro valor de uma viagem está nas experiências, nas conexões e nas descobertas — e muitas delas são gratuitas.
Caminhar por um parque ao pôr do sol, conversar com um morador local, assistir a um festival de rua, ouvir música ao vivo em uma praça… esses momentos não custam nada, mas ficam na memória para sempre.
Quando você entende que viajar é sobre viver, não sobre consumir, o orçamento deixa de ser uma barreira e passa a ser um guia para escolhas mais conscientes.
Conclusão
Viajar o mundo sem estourar o orçamento não é só possível — é inteligente, sustentável e profundamente recompensador. Ao escolher a época certa, destinos acessíveis, usar milhas, cozinhar, caminhar e mudar sua mentalidade, você transforma cada real em uma experiência autêntica.
As 10 estratégias que compartilhamos aqui não são sobre cortar custos a qualquer preço, mas sobre maximizar valor. É viajar com propósito, curiosidade e respeito — pelo seu bolso e pelo mundo ao seu redor.
Então, que tal repensar seus próximos planos de viagem? Comece pequeno, experimente uma dessas dicas e veja como o mundo se abre de forma surpreendente — mesmo com um orçamento modesto.
E você? Já viajou de forma econômica e teve uma experiência incrível? Compartilhe sua história nos comentários! Sua dica pode inspirar alguém a dar o primeiro passo rumo à viagem dos sonhos — sem medo do saldo bancário. 🌍✈️

Henrique Santos é um eterno curioso que transformou sua paixão por viagens, gastronomia e liberdade em estilo de vida. Com a mochila nas costas e um olhar atento para os detalhes, ele busca não só descobrir novos destinos, mas também entender como viver com mais propósito, autonomia financeira e crescimento contínuo. Para Henrique, cada viagem é uma oportunidade de aprendizado, cada prato, uma história, e cada escolha, um passo rumo ao autoaperfeiçoamento.






